sábado, 12 de junho de 2010

Isla Margarita - Março/2008

Vamos honrar o nome do blog e postar de vez em quando, né? Enfim, lá vai mais um raro post by Ziriba Boy.

Era uma vez uma viagem. Mais uma. Depois de rodar o sul da América do Sul (Chile e Argentina), pintou o convite de um casal de amigos para ir passar o carnaval na Venezuela. Venezuela? Sim, lá. Explicando, eles iam para Isla Margarita, uma ilha venezuelana localizada no mar do caribe. A diferença de Curaçao ou Aruba é que Isla Margarita tem dono, não é uma região independente. Geograficamente é uma ilha do caribe e pronto. Como sempre se fala bem desse tal de caribe e tava na hora de variar um pouco os programas de carnaval, topamos. Pouco depois do nosso aceite, um outro casal entrou na onda e decidiram ir conosco. Trupe completa, passagens compradas. Fato interessante é que fizemos uma viagem juntos, porém separados: cada casal foi em um vôo, mas chegamos e saímos com diferença máxima de um dia.

Na ida, dois trechos: Brasília - Guarulhos, pela Gol e Guarulhos - Caracas, pela Varig. Lá vai a primeira dica importante: quando houver conexões, coloque um intervalo mínimo de 5 horas entre chegada e saída. Apesar do saco que é ficar no aeroporto, isso compensa uma eventual perda da conexão por atrasos, além de reduzir o estresse. Tínhamos umas 2h30 entre cada trecho, mas nosso primeiro vôo atrasou e por muito, muito pouco não perdemos a ida para Caracas. Enquanto eu esperava a mala (que sempre demora muito em Guarulhos, pois toda a bagagem passam por Rx), a Vanessa foi adiantar o check-in. Quando finalmente cheguei no guichê, ainda tomei uma bronca (em tom de brincadeira) da atendente - Vinicius, você demorou muuuuito. Ora bolas, quem demorou foi a Gol. Enfim, embarcamos. Vale dizer que a janta no avião da Varig foi uma delícia. Até o vinho tava ótimo. O primeiro fato realmente digno de nota nesta viagem aconteceu ainda no vôo. Na chegada, o piloto avisa "senhores passageiros, estamos chegando em Caracas, a temperatura é de X graus, o tempo está bom e a hora local é 22h45m". Olho para o meu relógio, para poder alterar, e vejo 01h15. Fico preocupado com a sobriedade do piloto, teria ele bebido demais?? Onde já se viu um fuso horário de 2h30? Aprendi no colégio, nas aulas de geografia do 1 ano, que os fusos são em horas cheias, com Greenwitch sendo a referência. Seria Caracas uma aberração, algo como GMT - 4h30?? Incrédulo, decidi não alterar meu relógio naquele momento. Esperei desembarcar e conferir. Pior: o piloto estava certo. Lugar louco. Depois a Vanessa descobriu o porquê dessa zona (http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL107136-5602,00.html).

Chegamos em Caracas. Enquanto esperávamos as malas, decidi descobrir quanto era o câmbio. Primeiro passei numa lojinha (um mini duty free) e perguntei. A mulher me falou "no câmbio oficial, 1 dólar para 2,15 bolívares. No oficial.". Percebi a ênfase. Fui ao câmbio oficial, ainda enquanto esperávamos a bagagem, e troquei 30 dólares, para termos o básico para o táxi. Assim que saímos para o saguão principal, fomos atacados por um monte de taxistas "táxi?? táxi???" e por um igual número de cambistas "pago 3000 por dólar - pago 3500 - pago 4000". País louco. Enfim, trocamos mais um punhado de dólares por bolívares, já na taxa 1 para 4, o dobro do oficial. Pegamos um táxi para o hotel, dormimos e, no dia seguinte, retornamos ao aeroporto. Ainda no aeroporto de Caracas encontramos Nielsen e Mirna, e juntos embarcarmos para Isla Margarita.

Continua com Vanessa relatando...
Chegando em Isla Margarita, fomos direto para o nosso hotel, Pueblo Caribe. Já nesse momentos, percebemos que a ilha é bem maior do que pensávamos, o que dificultou uma pouco os encontros com Aline e Eric, que ficaram em outro hotel.

O hotel é tipo um resort, com área de lazer, programação de dia e noite, vários restaurantes, bares, etc. O esquema é tipo cruzeiro, mas com o navio encalhado :) De brasileiros, só tínhamos nós 4. O restante era tudo gringo! E uma montanha de alemães. Tinha até placas em alemão, cardápio em alemão, revistas alemãs.

A comilança era estilo buffet. No café da manhã, além daquelas coisas que gringo come, tinha feijão! E o Vinicius jura que viu uns miúdos lá dentro. Resumindo: feijoada no café da manhã. Almoço e janta era normal, uns dias bons, outros mais ou menos. No fim, o saldo foi positivo.

Nos dias em que estivemos lá, uns dias fomos às compras ( e como isso foi bom!!). Noutro fizemos o tradicional passeio de jipe, no qual conhecemos melhor a ilha toda ( e é mais grande ainda do pensávamos depois de já saber que era grande),  fomos em algumas praias mais distantes, teve a emocionante parte do uso da tração do jipe, num terreno destruído cheio de altos e baixos e buracos, até que o jipe quebrou! Daí o motora entrou embaixo do carro, arrumou e fomos embora.

Infelizmente, não conseguimos ir à Los Roques. Isso foi foda! Ir à isla Margarita e não ir à Los Roque é quase que inadmissível! Logo que me lembrar de uma boa analogia, volto ao assunto.

Quanto às compras, vale super a pena para quem troca a grana do câmbio negro. Ou seja, todo mundo. Sai tudo por quase metade do preço em relação ao Brasil. Tênis que aqui está por R$ 500,00, lá saiu por volra de R$ 250,00. Algumas coisas de computador também. Até malas compramos. Só mandamos muito, mas muito mal mesmo em não termos guardados uns bolivares pra usar no free shop de Caracas antes de embarcar. O que já era barato na ilha, lá saia quase de graça! Poe exemplo, uma placa de TV pro computador que o Vinicius comprou por uns R$ 80,00 em Isla, lá no free shop saia por menos de R$ 40,00. Eu comprei um depilador elétrico por 32 dólares. Pensa nisso convertido para bolivares no câmbio de 1 pra 4!! E um tênis muito bacana da Nike, de corrida, com sistema Nike + por 124 dólares. Novamente, pense nisso convertido para bolivares no câmbio de 1 pra 4. Snif, snif...

As praias da ilha me decepcionaram. Por ser no mar do Caribe, achei que seria "a" praia linda de água transparente, sem ondas, areia branca, água morna, cheia de coqueiros e bem paradisíaca. Nada disso. Praia com onda, fria, água de coloração normal. De vez em quando, ainda cruzávamos com alguma ave morta na beira da água. Ou com umas velhotas fazendo topless.

No final das contas, o saldo foi positivo. Estávamos com amigos e foi super divertido. Além de que, adivinhem o que eram os brinquedos do Mc Lanche feliz de lá, chamada El cajita feliz??? Da turma do Chaves! Tinha o Chaves, Kiko, Seu Madruga (chamado de Don Ramon), Dona Florinda, Professor Jirafales e Pops. Com ajuda dos universitários companheiros de viagem, consegui a coleção toda :-). Outro evento muito importante pro saldo positivo foi o Nado com os Golfinhos. Lá tem um parque aquático, e um tanque com  4 golfinhos! daí se paga uma pequena fortuna lá e dá pra se divertir um bocado! Foi massa, e eles têm exatamente a textura que eu imaginava: parecem de borracha. Prometo fotos!

Bem, é isso! Lembrando de fatos novos, vou completando o post, ok?
Abraços!
Vanessa

Um comentário:

  1. Vanessa e Vinícius, obrigada por compartilhar as experências da viagem de uma forma muito divertida! Viajamos juntos (eu e meu marido)no relato acima, e ficamos mais ansiosos já que estamos programando uma ida para a Isla...Já anotei: Ir a Los Roques e trocar bolívares para O Free Shop... Abs, Anna (Recife - PE- FEv/2012)

    ResponderExcluir