sexta-feira, 29 de junho de 2018

Tivoli Praia do Forte X Iberostar Praia do Forte (maio/2018 - bebê de 8 meses)

Pessoas,

depois do cancelamento de uma viagem de 10 dias pro México (Riviera Maia e redondezas, com alguns deslocamentos), motivado por uma viagem pequena com bebê doente, o que me deixou muito esgotada, e por que a questão da alimentação da Lia ainda é chatinha (e dar papinha industrializada dias seguidos está fora de cogitação), resolvemos passar uns dias na Praia  do Forte, dividindo a estadia em dois resorts: Iberostar Praia do Forte e Tivoli Ecoresort, escolhidos por serem bem conhecidos como dos melhores lugares para ir com bebês.

Essa história de mudar de hotel durante a viagem aconteceu por acaso em duas ocasiões anteriores e a gente gostou da sensação. Dá uma renovada na viagem e, se o segundo hotel for beeeem melhor que o primeiro, caso das duas ocasiões anteriores, a viagem finaliza em alto estilo, com a lembrança do hotel maravilhoso bem mais evidente.

Nessa viagem, os resorts são bem compatíveis, então não teve a euforia de sair de um lugar menos legal para outro melhor. Contudo, esse esquema de resort me cansa pela mesmice...fazer a mesma coisa todo dia, a comida feita pra multidão, que acaba tendo um sabor meio padronizado. Então achei que dar uma chacoalhada no meio da viagem seria interessante. Além disso, eu realmente não estava  conseguindo escolher para qual dos dois resorts ir, e estava curiosa com os dois. 

Chegamos no aeroporto de Salvador (depois de ter a grande sorte de conseguir emitir passagens de Brasília  Salvador por 3.900 milhas por trecho!) e fomos de Uber para o Tivoli, primeira estadia. Custou uns R$ 115,00 e foi fácil conseguir o transporte, apesar de lá também ter o movimento dos taxistas contra o Uber.

Tivoli Ecoresort Praia do Forte

Começamos pelo Tivoli. Lindo, lindo. Fica numa reserva ambiental e tem muito verde por todos os lados. É sofisticado, bonito e confortável, mas anda precisando de uma boa manutenção. É comum dar de cara com estofados bem mofados nas áreas molhadas. Demos sorte que o hotel estava vazio, então sobrava espreguiçadeiras. Achei os banheiros das áreas comuns muito mal cuidados. 

Fora isso, as piscinas são lindas, a paisagem é linda e o atendimento de toda equipe é muito gentil.

luzes na piscina a noite






Pegamos um quarto Superior Plus. Tinha uma varandinha com rede e uma vista espetacular de uma área verde com coqueiros. Muito agradável. Era bem espaçoso, cama confortável e destaco o berço fornecido para a Lia, de madeira, com proteção nas laterais e em tamanho suficiente para que ela dormisse e se virasse a vontade.





O banheiro também era imenso, com duas pias, amenidades (shampoo, condicionador, hidratante, sabonete, touca de banho, kit de costura, kit de beleza - eu dou valor a isso porque, de fato, uso e ainda trago o que sobra para uma viagem futura em hotel mequetrefe). Problema do banheiro: com tanto espaço, não tinha onde pendurar toalhas e roupas molhadas. 

Tem também roupão e serviço de abertura de camas (preparam a cama para dormir e deixam um agrado no quarto, tipo chocolatinhos). 

Sobre a questão da manutenção que falei acima, a porta do guarda-roupa do nosso quarto estava péssimo, emperrando, uma dificuldade para abrir e fechar. 

Ah, e na primeira noite, antes de dormir fui fechar a cortina e dei de cara com um aranha, que não era pequena. Matei a probrezinha e ia reclamar, mas acabei esquecendo. 

Falando em bicho, como o Tivoli fica numa reserva natural, é bem comum cruzar com animais. Têm micos - que quase sempre aparecem no café da manhã, iguanas (mais difíceis de serem avistadas, mas conseguimos achá-las na ultima hora, de dentro do uber, no gramadão ao lado da guarita da entrada, eram umas 4, inclusive uma bebê), sapos, tartarugas marinhas. 

Na praia em frente ao Tivoli, moram duas tartarugas gigantes! Uma delas chama-se Charlene. É demais ficar por ali observando-as nadando e colocando a cabeçona de fora.

A praia do Tivoli é uma enseada, então é tranquila, e as espreguiçadeiras do resort vão até a areia, o que é bem agradável. Além disso, o serviço de praia é ótimo, pois em cada estação de guarda-sol e espreguiçadeiras tem um botão pra chamar o garçom. Super funciona e em pouco tempo você está com sua bebidas nas mãos e pode se concentrar em achar as tartarugas gigantes.








Quanto à comida, o Tivoli é meia pensão, café da manhã e janta, esta com água, sucos e refrigerante. A comida é boa, sim, com muita variedade, mas eu sempre acho que poderia ter menos variedade e mais qualidade. E é comida padronizada de resort/hotel do nordeste, com pouca personalidade ou mal executada. Por exemplo, num almoço, pedimos, a la carte, um petisco de carne de sol com mandioca. Estava perfeito, a carne super bem feita, macia, deliciosa. No outro dia, tinha carne de sol com mandioca no buffet da janta. Pensa numa carne seca, feia, sem graça. Igual um suco de limão que pedi no jantar. Olha, um suco mequetrefe, aguado, doce demais. Um horror.

Todo o resto que você tem que pagar é carinho. A água custa R$ 6,50, a água de coco custa R$ 9, Heineken long neck por R$ 15, salada de atum (de lata, claro) por R$ 40,00, caipirinha perto dos R$ 30 e poucos. O preço dos vinhos é simplesmente ridículo. O mais barato custava uns R$ 120,00 e não valia R$ 50 (por uma rápida pesquisa no google). A taça de vinho custa a bagatela de R$ 40,00. Ou seja, é froids.

A comida servida no a la carte era sempre bem gostosa e bonita, além de, às vezes, farta.




Por outro lado, a estrutura para receber bebês é excelente. Já falei do bercinho no quarto, né? Além disso, tem banheira e carrinho de bebê. O carrinho não é top, mas é bem razoável e acho que compensa o fato de não ter que levar carrinho na viagem. 

A copa baby é demais! É equipada com cadeirões de alimentação, micro-ondas, geladeira, frutas, leite em pó (inclusive vários tipos de Nan), farináceos (aveia, neston, mucilon), biscoito e água mineral. Além disso, eles oferecem um serviço de preparo personalizado da alimentação das crianças até 3 anos. Tem uma cardápio com as opções, basta escolher o que para almoço e janta e deixar na copa pela manhã. Nos horários estabelecidos, a comidinha está la geladeira, com o nome da criança. Um luxo. Uma delícia. Farta. Não tinha miséria, não. Na primeira vez, fui escolhendo várias coisas para fazer um prato variado e veio tanta comida que sobrou até pros adultos :-)

Só uma coisa que achei ruim: no dia que chegamos, pegamos a comida da Lia direito no restaurante e o funcionário que entregou a papinha informou que a comida era feita sem tempero algum. Olha, não é verdade. Temperada a comida é, e só me restou torcer para que tenha sido usado temperos naturais.

A brinquedoteca é meio decadente. O espaço é bom, mas os brinquedos muito velhos e o pior, sujos demais!  Para as crianças maiores de 4 anos, tem uma espaço kids com monitores e e atividades recreativas. Pareceu bem legal.

Para adultos, tem um spa (que nem me atrevi a ver preços), uma academia que, apesar dos aparelhos serem meio feios, está inserida num espaço em meio à natureza que faz até brotar uma vontade de malhar, aulas de ginástica e tals (como disse, o hotel tava bem vazio nos dias que estávamos lá, então não se via muita animação nas áreas comuns) e uma sala de jogos bem triste (um pebolim, uma sinuca, numa sala esquisita). 

O lance lá é mesmo curtir as piscinas, a praia, a natureza. E dar uma pousada, porque, apesar dos defeitos, o local tem aquela aura sofisticada, com hóspedes chiques (apesar das exceções, tipo nós!) e gente bem produzida (ops, exceção de novo...rs).

A diária para dois adultos e um bebê custou R$ 1.400,00.

Iberostar Praia do Forte

De cara, digo que o custo benefício do Iberostar é melhor, porque lá o esquema é all inclusive, inclusive de bebida alcoólica, e a diária foi mais barata, R$ 1.200,00 para nós três.

A estrutura do resort é ótima, mas ele não é como o Tivoli, inserido na natureza. O Iberostar tem aquela cara de coisa construída, artificial. Ao contrário do Tivoli, em muitas áreas do resort, você nem lembra que está na praia, e nem no Brasil. Ele tem uma cara pasteurizada. Apesar disso, me pareceu mais bem conservado que o Tivoli. Sabe o que ele parece? Um navio. A sensação é de que estamos fazendo um cruzeiro. É isso.

O quarto, da categoria mais simples, era imenso, bastante confortável, com varanda, cafeteira, e frigobar quase sempre cheio (por uma noite, não recarregaram o nosso).

O banheiro também era imenso, com banheira em espaço diferente do banheiro, amenidades.

De ruim no quarto, o berço, que é daqueles modelos de grade de metal, parece mais uma maca hospitalar. E o pior, não tinha proteção nas laterais, e quando tentamos colocar uns travesseiros o espaço pra dormir ficou ridículo. Resultado: a Lia dormiu na cama conosco. Ainda bem que a cama é gigante.

A grande desvantagem do Iberostar Praia do Forte com relação ao Tivoli é a praia. A praia do Ibero não é calma e entre o resort e a areia tem uma área verde, então o resort fica meio separado da praia. Eu nem sei se o Ibero oferece serviço de praia, mas pelo que me lembro da estrutura, acho difícil.


As parte das piscinas do Ibero são excelentes, confortáveis, com alguns pontos mais sombreados, vistas lindas, espaços menos barulhentos. Uma delícia.


O Iberostar não empresta mais o carrinho de bebê, como antes. Agora eles alugam por R$ 30,00 a diária. Seria ok, se o carrinho fosse minimamente decente. O carrinho era muuuito tosco, com a roda travando. Só não devolvi porque ele acabou sendo útil quando a Lia dormia (apesar dos pesares, ele inclinava todo).

Sobre a comida e bebida, nada é muito bom e também nada é muito ruim, exatamente como no Tivoli. Esquema comida e bebida pra multidão. Poderiam ter menos variedade e mais qualidade. No bar que fica em frente à recepção, onde tem música ao vivo a noite, servem bebidas de melhor qualidade. O problema é que fica distante das piscinas, daí é difícil você sair láaaaa de baixo pra ir láaaaa pro outro lado para pegar um chopp Heineken ao invés de tomar seu Amstel ou Itaipava ali na beira da piscina bem acomodada, ou uma caipiroska com vodka decente. O resort oferece também um serviço de quarto disponível 24 horas, com algumas opções de comida, como pizza e hamburgueres. Um lugar que achei bacana é uma cafeteria que tem do lado das lojas, perto da recepção e desse bar de bebidas decentes. Tem o maior estilo Starbucks e funciona 24 horas. Excelente para a turma que se diverte de madrugada.

Além dos restaurantes do tipo buffet, o resort possui restaurantes temáticos (asiático, francês, baiano e de carnes) que precisam de reserva antecipada. Olha, tudo uma farsa (veja fotos abaixo). Comemos no asiático e no baiano. Comidinha ordinária, sem encanto. Não vale ter que se programar pra ir na hora da reserva.. Sinceramente, os jantares no buffezão foram tão bons quanto, ou até melhores.




A equipe de animação é bem atuante e animada, tem atividades para todas as idades o dia todo e todas as noites também. A academia de me deixou de boca aberta! Muito bonita, nova, num prédio separado, com musculação e aulas (spinning, circuito funcional). Fiquei até meio triste por não ter usufruído do local (não levei roupa de malhar).

Aula de tiro!
A copa para bebês é muito boa, com papinhas feitas no resort e também papinhas Nestlé disponíveis todo o tempo. Só entrar e pegar. Além de comida salgada, tem também frutas frescas, alguns tipos de leite, biscoitos e farináceos.

Foi assim. Os resorts têm perfis bem diferentes. Com certeza, digo que, para quem quer praia e sossego, o Tivoli é melhor. Pra quem quer farra, gente, se embriagar, comer muito, gastar menos, o Iberostar é mais indicado.

Lia curtindo o décimo voo da vida.

Beijocas. Vanessa.

quarta-feira, 21 de março de 2018

Campos do Jordão (com um bebê de 4 meses) - Janeiro/2018

Pessoas,

tava louca para viver a experiência de viajar com um bebê! O primeiro destino da Lia foi Campos do Jordão, escolhido por ser um lugar novo pra gente, perto e que tínhamos vontade de ir.

O primeiro desafio foi montar a mala de viagem da Lia. As varáveis chuva e côco que vaza me deixaram quase louca pra fechar a equação de quantas roupas ela usaria por dia, levando em consideração, ainda, a quantidade de roupas para frio e calor e a possibilidade de lavar algumas delas. Resultado: não tivemos côco vazando nenhum dia, ela não pegou chuva e acabou voltando roupa sem usar.

Apesar de janeiro ser verão, a cidade é friazinha. Durante o dia, tá, porque a noite era friazona! E ainda choveu, o que tornava a vida com bebê um pouco mais complicada. Mesmo assim, a viagem foi bem bacana e o saldo foi positivo. Pensei tanto na mala da Lia que acabei esquecendo da minha. Resultado: passei friozinho.

Dos aprendizados de viajar com bebê, temos que frio e amamentação não combinam muito, especialmente porque roupa de frio dificulta o acesso do bebê ao peito. A hospedagem ganha outra importância, já que pode ser que a gente acabe ficando mais tempo no hotel. Isso eu já sabia, mas ter ficado numa pousada bem ruinzinha deixou tudo mais claro ainda. Para o avião, uma almofada/travesseiro para que o bebê fique deitado no colo ajuda muito, principalmente se ele adormecer, que foi o nosso caso.

Pousamos em GRU e fomos para Campos do Jordão de carro alugado. Alugamos uma SUV através do Priceline pela Alamo. Uma das razões de ter escolhido a Alamo foi a informação de que o carro era entregue no aeroporto (car on airport), ao invés de ter que usar um transfer até a locadora (shuttle to car), como era indicado para outras locadoras. Afinal, com bebê e tralha de bebê, quanto menos deslocamentos, mais fácil a vida.

Acontece que tivemos que pegar uma van até o estacionamento da locadora. Na verdade, precisamos passar no guichê da Alamo no aeroporto de Guarulhos e depois pegar a van e, novamente, passar em outro guichê para finalmente retirar o carro. A impressão que eu tive é que os carros de qualquer locadora ficam distantes e é preciso usar o transfer.

O atendimento da Alamo foi bacana. Nos deram um carro de categoria um pouco superior a que locamos e ainda nos devolveram parte última diária porque devolvemos o carro mais cedo que o previsto. O bebê conforto que alugamos era da Chicco e novinho.

De ruim: foi cobrada uma taxa de administração não mencionada na reserva, de uns R$ 150,00, que não sei bem do que se trata. Mas também não estranhei porque essas locadoras mais baratas sempre têm pegadinhas na hora de pagar e o preço nunca é o mesmo daquele indicado na reserva. Eu até evito a Alamo por causa disso. Mas, como tinha reservado pelo site Priceline, achei que não teria esse tipo de problema.

Outro problema foi que esqueci as almofadas protetoras do cinto do bebê conforto no carro. Tentei entrar em contato para pedir que me enviasse, mas não consigo falar com uma pessoa da Alamo. Só consegui contato por e-mail com o atendimento ao cliente dos Estados Unidos, que está intermediando o contato com a Alamo de Guarulhos, mas nada se resolve. O telefone que eles me deram pra ligar não atende nunca, e eles também não me ligam. Ou seja, se esquecer algo importante  no carro, esquece.

Em resumo: continuarei evitando a Alamo.

A estrada do aeroporto de Guarulhos até Campos do Jordão é linda, né? Duplicada, a viagem rende que só. De ruim, os pedágios. Lembro de uns 3 que custaram uns R$ 4 e um mais caro, que custou uns R$ 14.

Ficamos na Pousada Castelo de Paiva, com péssimo custo-benefício. Foi a primeira vez que a nota, as fotos e os comentários do Booking.com não estavam de acordo com o que encontrei. Deveria ter lido o TripAdvisor.

A pousada tem uma área comum bem agradável (sala, piscina, salão de jogos), mas que fechas às 18hs. Ou seja, não há lugar algum que possa ficar a não ser o quarto depois desse horário. Quase não fica gente na recepção, até para reclamar ou pedir algo é complicado.

Pra piorar, a acomodação deixa muito a desejar. A limpeza não era boa. No quarto que fiquei tinha um vazamento no banheiro que deixava a parede ao lado da cama bem molhada. Como estava chovendo e fazendo frio, o quarto estava sempre gelado e úmido, nada secava. Até o papel higiênico, que era de péssima qualidade, ficava levemente umedecido. Mesmo nessas condições, só trocaram as nossas toalhas porque solicitamos. 

O quarto, apesar de espaçoso, não é confortável. Não tem uma cadeira, só as camas. Falta também local para acomodar as malas e as roupas, o que tinha no nosso quarto, que era triplo, não era suficiente para 3 pessoas adultas.

No banheiro não há lugares para apoiar as coisas. Por exemplo, no box só tinha um local para apoiar o sabonete, mas estava torto e o sabonete não parava lá. O shampoo e condicionador tinham que ser deixados no parapeito da janela. A pia é pequena e todas as outras coisas (pasta de dente, escova, creme) ficam amontadas, porque por ali também não tem uma prateleira.

A garagem é péssima. Na verdade, não é uma garagem, é uma área de circulação na frente dos quartos. É difícil manobrar o carro. Até o controle do portão de acesso não funcionava direito. Fora que a pousada fica no alto de um morro e a entrada fica num curva inclinada, tornando a chegada e a saída meio perigosas.

Não há serviço de quarto. No check-in, eles te dão uns panfletos de delivery pra você pedir comida. Mas no quarto não tem uma mesa ou cadeira pra você comer.

Apesar de todos esses problemas, a diária beira as 300 realidades!!! Não recomendo mesmo!

Por causa dessas condições da pousada, éramos praticamente obrigados a sair pra jantar todas as noites. Essa foi uma parte desconfortável da viagem com bebê, pois a noite fazia muito frio e às vezes chovia. Se estivéssemos bem acomodados, ficaríamos em casa, comeríamos no hotel ou no quarto e a viagem teria sido menos cansativa.

Se um dia voltar a Campos de Jordão, ficarei bem na Vila de Capivari, onde o furdunço acontece, ou em um hotel bem confortável, com restaurante, pra ter a opção de não sair a noite e ficar curtindo a hospedagem.

Campos do Jordão é muito fofa. Ótima pra descansar, comer bem, beber bem, ver coisas bonitas. A maioria das atrações é a céu aberto, então a chuva atrapalha. Nos nossos dias lá, conseguimos conhecer a Fábrica da Baden Baden, o Amantikir, o Palácio da Boa Vista, o Morro do Elefante, o Pico de Itapeva, além da Vila de Capivari, o coração de Campos do Jordão. Fomos também em Aparecida, visitar a basílica.

Estar de carro ajuda muito. Não dá pra fazer tudo a pé e parece que táxi é bem caro por lá. Acho que eles ainda não tem Uber (abri o aplicativo um dia pra teste e não funcionou). Tem bastante estacionamento pago, e geralmente é por período. Chegamos numa quinta e pagamos R$ 10 pra deixar o carro na Vila Capivari. Na sexta, o mesmo local estava por R$ 20.

Campos do Jordão está no meio da Serra da Mantiqueira. Como é cheia de morros, o caminho para as atrações é sempre recheado de paisagens lindas. Aqui tem o mapa dos passeios turísticos, que pode servir de inspiração para as andanças em carro próprio. Esses tours também são feitos pelos Trenzinhos Turísticos (na verdade, um "trem" sobre rodas) e nesse caso tem guias. Deve ser legal.

visita técnica na fábrica da Baden Baden é proibida para menores de 18 anos, mesmo que acompanhado dos pais, então não entrei com a Lia. Entraram Vinicius e meu pai. A visita custa R$ 30,00 e dá direito à degustação de 3 chopps ao final e pode levar a tulipa pra casa. Apesar de ser chamada de visita técnica, ela não é muito voltada ao processo de produção da cerveja. É uma visita turística, na qual são contadas histórias e curiosidades da Baden Baden. É preciso fazer a reserva da visita (pelo telefone) e, como não demora muito (uns 40 minutos), é tranquilo esperar na área externa da fábrica, ou na lojinha. Na frente da fábrica tem um estacionamento pago (R$ 5 pelo período).




O acesso ao Morro do Elefante pode ser feito pelo teleférico ou de carro, que foi a nossa opção. O estacionamento é gratuito (mas não é grande). A estrada até o topo do morro tem paisagens belíssimas e lá de cima se tem uma vista panorâmica linda da cidade, que é charmosa demais. Não tiramos nenhuma foto lá de cima, provavelmente porque chovia e a gente foi bem rapidinho.

O Palácio da Boa Vista é a residência de inverno do governo do Estado de São Paulo. As visitas são gratuitas, guiadas e vale muito a pena. O palácio é lindo, tem várias obras de arte e móveis incríveis. A área externa é bem bonita e tem um lugarzinho coberto para aguardar a sua vez. É um bom programa para dias de chuva. Na frente do palácio tem um café fofo com uma vista linda.

Vista do café.

Área externa do Palácio Boa Vista. A modelo é a vó da Lia :-)



Amantikir é visita obrigatória. O local é um imenso jardim, com referência aos jardins de todo o mundo. É um local muito agradável para passear e tirar mil fotos. A entrada custa 40 realidades,  vale cada centavo, aceitam carteirinha de estudante e o estacionamento é gratuito. Eles estão construindo uma casa na copa de uma das árvores e turistas poderão pernoitar por ali. Claro que quero!
Além do local em si ser incrível, tem vários pontos com vistas de tirar o fôlego. Obrigatório.













Lia acordou no finalzinho do passeio e ficou encantada com o colorido das flores.


O Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida fica a 70 km de Campos do Jordão. É um complexo imenso, a igreja é linda e aquilo parece um parque de diversões para católicos e afins. Além da igreja, tem lanchonete (bem decente e com preços lindos, sem abusos), lojinhas com santas de todos os tamanhos e preços, biblioteca, loja de velas (e você pode comprar velas por metro!). Vale a viagem. Tem estacionamento no local, gigaante, por R$ 14 o dia todo.






Na volta, passamos em Santo Antônio do Pinhal, uma cidadezinha fofa ao lado de Campos de Jordão. Mas, tava chovendo e, com bebê no carro, acabamos não descendo. Fica a dica pra quem tiver mais sorte com o tempo.

Pico do Itapeva foi um dos locais que chegamos porque, como estava chovendo, resolvemos andar de carro pelos morros da cidade. Daí, vimos a placa indicativa e fomos sem ter noção do que seria. Valeu demais! Na realidade, ele já fica no município de Pindamonhangada, bem na divisa com Campos do Jordão. Tem mais de 2000 metros de altitude (reforçando que a estrada até lá é muito bonitas, passando por uns bairros elegantes, hotéis chiquérrimos no meio da mata) e a vista é espetacular. Dá pra ver um monte de municípios paulistas. Tem um café e umas plantações de lavanda bem lindinhas.
A área é privada, então a atração é paga (acho que foi uns R$ 20 por pessoa..não é baratinho não...).



Essa tempestade aí foi se aproximando enquanto estávamos lá em cima.



De restaurantes, conhecemos o Arte da Pizza, Vila Chã, Sans Souci, Fräulein Bierhaus e a cervejaria Caras de Malte.

Arte da Pizza fica dentro do Grand Hotel Senac e é maravilhoso. São pizzas feitas para serem comidas com as mãos, com várias opções de sabores bem especiais, como a de pata negra e queijo gryuère.
O ambiente é muito aconchegante, o atendimento é excelente. Não é barato, mas é para isso que a gente trabalha, né? :-) Gostamos tanto que fomos dois dias seguidos. Ah, e também porque é uma ótima opção para dias de chuva, já que o estacionamento é dentro do hotel e depois tem uma van que leva até a porta da pizzaria, com funcionários muito prestativos, com guarda-chuvas, que te protegem.
A propósito, o Grand Hotel Senac também pareceu excelente, estilo resort, meio campestre e com uma área imensa para crianças. Agora eu observo esses detalhes...rsrsrs

Pizza de para negra com queijo gryuère. 100 realidades bem investidas.

Vila Chã é um restaurante português que serve uns bacalhaus indecentes. Foi o escolhido para comemorar o aniversário da Vó da Lia. Pedimos um Bacalhau à Vila Chã e o Bacalhau a Lagareiro. Foi comida para umas 8 pessoas, mas nós 4 comemos tudinho. Pode-se dizer que não é muito caro, não, porque o bacalhau é farto! Nossa conta beirou as 600 realidades, incluindo os dois pratos, um vinho, sobremesa (Toucinho do Céu, a base de amêndoas e gema, uma sonho de doce) e águas. O atendimento é excelente e tem estacionamento.





Sans Souci é um restaurante, mas também é uma cafeteria, uma loja de roupas e um lugar muito bem decorado e lindo, onde você que passar muito tempo observando tudo ou mesmo morar lá. Fomos no almoço e pedimos o menu executivo, com couvert (destaque para a pipoca temperada), entrada, prato principal e sobremesa, por uns R$ 80,00. Tudo muito gostoso e bem apresentado. Tem área para crianças.
O atendimento foi meio devagar, mas deve ser porque a casa tem o conceito de slow food. É um lugar feito mesmo para gente sentar e relaxar.




Pão de fermentação lenta e manteigas aromatizadas (maracujá, frutas vermelhas e capuccino). Prefiro a manteiga tradicional mesmo....





Caras de Malte é uma microcervejaria de Campos do Jordão e tem um brewpub. O local é muito agradável, com comida boa, área externa, brinquedos para crianças. Até a música ao vivo, que eu costumo odiar em restaurantes, tava bacana.
As cervejas não são assim espetaculares, mas são boas.







Fräulein Bierhaus é um pub alemão, rústico e fomos lá por causa do amado joelho de porco. Não tiramos foto, mas a porção veio muito caprichada, desossada e serviu 3 pessoas. O dono nos contou que em breve eles servirão pato. Fica a dica.

Campos do Jordão foi assim. Apesar da chuva e da pousada ruim, a primeira viagem da Lia foi bem legal.

Beijocas. Vanessa