domingo, 27 de julho de 2014

Nara - Abril/2014

Pessoas,

mais um post sobre o Japão.

Fomos à Nara partindo de Osaka, um bate e volta de um dia. Infelizmente, o dia não cooperou. Choveu (a ponto de atrapalhar programas) e fez um frio danado. Felizmente, conseguimos combinar de nos encontrar por lá com o Alan e a Janete, querido amigos brasilienses que, coincidentemente, estavam no Japão na mesma ápoca que a gente.

Engraçado que um dos fatos ocorridos no Japão que mais me lembram Nara não aconteceu em Nara. Aconteceu em algum pub* em alguma estação de trem em Osaka. Acostumem-se ao "algum". Difícil saber em qual bar/restaurante estávamos. Eu mal conseguia fazer check in em rede social porque ficaria umas 3 horas comparando os ideogramas do nome do local com os que haviam de opção nas redes.

*depois desse discurso todo sobre locais achei uma foto na Fan Page do blog na qual fiz check in do tal pub :-) É o Beer's Table Keller Keller.

A propósito, nesse pub tinham algumas cervejas japonesas. Conhecemos a Minoh Beer, gostosa até!


Enfim. O fato é que sentamos no balcão do pub para bebericar alguma coisa e tinha um japonês de uns 60 anos sentado ao lado comendo e bebendo. Pois não é que ele chamou o garçom e mandou que nos service um pouco do seu petisco? A partir daí, começamos a bater papo e ele disse que já tinha vindo ao Brasil, há muito anos. Quando dissemos que no dia seguinte iríamos à Nara, ele emendou: "Sou de lá! Pena que amanhã tenho reunião, senão iria mostrar a cidade para vocês."

Gente, não dá vontade de abraçar? Assim são os japoneses.

Nara fica a menos de 1 horas de Osaka ou Quioto.







Esse é o templo Kofukujo. Passamos por ele no caminho para o templo Todaiji, onde fica o Grande Buda.


Acho que todo mundo vai até Nara para conhecer o templo Todaiji, um dos mais famosos e importante historicamente. Foi construído em 752 e tem dentro dele o maior Buda de madeira do mundo. Ele está sentado e tem 15 metros de altura.

O Todaiji é realmente lindo, por dentro e por fora. Mesmo com o dia feio, ele fica bonito.











Dentro do templo tem uma passagem em uma das colunas que, segundo a lenda, quem consegui passar por ela tem passagem garantida para o Paraíso. Eu e Janete, que não somos bobas, fomos. Mal não vai fazer. Pena que não cabe qualquer um. A passagem é estreita. Tem o tamanho exato de uma das narinas do Grande Buda de madeira que fica dentro do templo.




Sobre o bichano da foto acima. Nas redondezas do templo Todaiji, que fica no Parque de Nara, há muitos veados, do tipo bambi. Muitos! São considerados bichos sagrados. Reparem que eu fui com uma blusa de frio em homenagem a eles :-)






Eles estão super acostumados com as pessoas e não atacam. De maldade. Mas de bondade....atacam. O caso é que existe um monte de vendedores de biscoitinhos para dar para os veados. E tem milhares de turistas que compram biscoitos para alimentá-los. Sacou, né? Se você tiver biscoito na mão, ele vai fazer de tudo para pegá-lo. Se ele achar que você tem biscoito, ele vai ficar no seu pé te cheirando e até fuçando sua bolsa. Tire alguns minutos para observá-los abordando os turistas. Diversão garantida.

Eles são tão mal educados com comida que vimos um deles rasgar o dever de casa de uma japonesinha estudante que estava por lá com o papel em mãos. Explico.

Um grupinho de estudantes japoneses precisavam fazer, para trabalho escolar, uma entrevista com algum turista. O Alan foi escolhido e respondeu as perguntas por escrito com o maior prazer.



De repente, um veado veio se aproximando e meteu a boca no papel nas mãos da garotinha (de rosa, abaixo. A garota assustada). Mastigou, mastigou. Não lembro se engoliu, mas a garotinha ficou assustada e triste.




Então, cautela é bom.

Com um frio de lascar, logo depois da visita nos enfiamos no restaurante mais perto para comer comida bem quentinha. Aquilo sim foi confort food!




Por causa da chuva e do frio, fomos para o Museu Nacional de Nara. Valeu a pena. Era quentinho e tinham peças bem interessantes.

Depois do museu, um parada num café para um café, um docinho e um bom bate papo para fechar o dia com chave de ouro!





Delícia de dia!

Beijocas. Vanessa.

Quioto - Abril/2014

Pessoas,

mais Japão! Olha, bate uma saudade monstra fazer esses post rever as fotos. Vontade de abraçar o Japão, gente!

Então, sobre Quioto. Na verdade, não foi tudo que eu esperava. Não é que eu não gostei de Quioto. Absolutamente. É impossível não gostar. Mas tinha as expectativas muito altas. Como já tinha conhecido Osaka e Nara, boa parte do encanto já tinha sido domado. 

Quioto é lotada de turistas. Japoneses e de todos os outros cantos do mundo. Isso dá uma broxada. Fila demais, difícil de fazer boas fotos, preços reajustados.



Ainda assim, é lógico que deve ser conhecida e aproveitada. E, de férias, reclamar muito é mais que pecado. Então, se joga e vai ser feliz.

Minha opinião? Se você já viu vários templos ou ainda verá em outras cidades, curta as ruas, as gueixas, as árvores, as vistas, as pessoas, a tradição. Você pode, por exemplo, pedir para tirar foto com todas as pessoas legais que você encontrar :-) Toda não será possível, mas com um monte é. Eu fiz isso! Mentira. Fiz foto só com algumas porque era tanta gente legal que o Vinicius encheu o saco de ficar parando as pessoas e pedindo foto :-/

Não tem porque ficar esperando pra entrar em templo. A minha impressão é de que a maioria é bem parecida. Para quem não é especialista, parece tudo igual. Tipo igreja. Então, entre em um e curta. Mas não deixe seu dia morrer dentro de templo, porque Quioto é, na essência, muito legal.



  



















Você pode aproveitar também para fazer o que não conseguiu fazer lá no Ocidente. No meu caso, ir à La Pâtisserie des Rêves, em Paris. Achei a loja em Quioto!

Um doce de café. Preço de um rim, mas vale dois.

Da estação de trem, fomos a pé até o templo Kyiomizu, lindo, grande e imponente (e lotado!). O caminho que leva até ele é interessante, uma rua ladeira acima com milhares de lojinhas legais. Com preços de turista, é fato, mas boas de parar e curiar.




Kiymizu, o nome do templo, significa "templo da água pura". Por isso a fila de pessoas, turistas ou não, para experimentar a água servida em canecas de metal.

 Saimos do templo e ficamos perambulando na região por ali. Demos sorte de dar e cara um belo casamento de uma japonesa com um ocidental. Assim, no meio da rua.





Dali, fomos para Gion, o famoso bairro das gueixas. As verdadeiras gueixas são uma raridade. Hoje em dia, várias mulheres se vestem de gueixa, mas uma gueixa verdadeira não costuma dar sopa por aí. Elas não são prostitutas. São moças cultas e um dos trabalhos que fazem é tornar os encontros comerciais mais agradáveis, mas isso não inclui que performances sexuais. Mais sobre as gueixas, aqui e aqui.





Batemos pernas em Gion e seguimos rumo ao Nikishi Market, um mercado de comidas no centro de Quioto. Nesses mercardos eu sentia falta de ter um guia que explicasse pra gente as bizarrices que a vimos por lá.




Não sei nem se é vegetal ou animal.


E daí fomos para o Fushimi Inari, um templo com muitas centenas de portais vermelhos que vão formando um caminho ótimo para caminhadas montanha acima. É bem famoso no Japão e taí um templo que acho essencial conhecer.

Foi um passeio de casais, a gente com Janete e Alan, e eles toveram a grande de idéia de irmos no fim do dia, assim anoiteceria enquanto estivéssemos pela passeio e veríamos a iluminação noturna do templo. Sugestão certeira!

Inari é o deus xintoísta do arroz. A raposa é considerada a mensageira de Inari, então há várias estátuas delas espalhadas pelo templo. Os portões são doados por particulares ou empresas e fica escrito nos portões o nome do doador e a data da doação. O caminho pelos portões é legal, tem pequenos templos, restaurantes, lojinhas. Não deixe de ir. É imperdível!







Lá em cima! E acho que era só a metade do caminho.








Foto estilo Japão: com dedinhos em V de Vinicius e Vanessa :-)

No nosso segundo dia em Quioto, começamos por Arashiyama, local onde tem a famosa floresta de bambos. Fomos de trem até lá.




eu morrendo de frio e essa japas de saia curta.
 Pertinho dali parte um trem chamado Saga Scenic Railway, que parece fazer um percurso muito bonito até Kameoka. Não fizemos esse passeio porque não reservamos antes e lá na hora não tinham mais vagas. Mas aproveitamos bem a estação para descansar e se fartar.



De lá, com a ajuda do super Google, andamos a pé um bom trecho até o ponto de ônibus e fomos para o Pavilhão de Ouro, o Kinkakuji. O caminho foi um pouco longo, mas bastante divertido.



A estação tem a maior pinta de aeroporto: horários precisos, funcionários na pista controlando o tráfego e motoristas vestidos com terno e luvas. 


O pavilhão de ouro Kinkakuji é liiindo! Demos sorte de o tempo abrir bem quando estávamos lá. O ouro reluziu!

A área externa dos dois andares é compeltamente coberta com folhas de ouro. É lindo de verdade.








De lá, seguimos de ônibus, novamente guiados pelo Google, até o Caminho do Filósofo. É uma rota ao longo de um canal e repleto de cerejeiras. O caminho, de 2 km, tem esse nome porque o filósofo Nishida Kitaro meditava ali diariamente. Apesar de curtinha, reserve um tempinho para a rota. Ao longo dela, há templos, restaurantes, lojinhas, vendedores independentes e várias atrações que farão vocês darem uma paradinha e uma espiadinha. Além das milhares de fotos imperdíveis, claro!








Ao final do caminho do filósofo, chega-se ao templo Nanzen-ji. Não entramos, mas dá pra dar uma boa enrolada lá por fora.

Foi assim! Quioto, ou Kioto, ou Kyoto é linda e cheia de atrações. 楽しい時間を過ごす!

Beijocas. Vanessa.